Aprender inglês. Descubra os erros mais frequentes que brasileiros e portugueses cometem ao aprender inglês e como evitá-los. Guia completo com dicas práticas para aprimorar sua fluência e precisão no idioma.
O caminho para dominar a língua inglesa está repleto de desafios peculiares para os falantes de português. A proximidade entre alguns aspectos das duas línguas muitas vezes cria uma falsa sensação de facilidade, levando a erros sistemáticos que podem persistir mesmo em estágios avançados de aprendizado.
Compreender esses padrões de erros não é apenas uma curiosidade linguística, mas uma ferramenta poderosa para acelerar o progresso e alcançar uma comunicação mais eficaz em inglês. A interferência da língua materna é um fenômeno natural no aprendizado de um novo idioma, e identificar precisamente onde e como essa interferência acontece permite desenvolver estratégias específicas para superá-la.
Neste artigo abrangente, mergulharemos nas armadilhas mais comuns que brasileiros e portugueses enfrentam ao aprender inglês. Abordaremos desde questões de pronúncia, passando por estruturas gramaticais problemáticas, até os enganosos falsos cognatos que frequentemente sabotam a comunicação.
Cada seção não apenas identificará o erro, mas também explicará suas causas linguísticas e oferecerá técnicas práticas para corrigi-lo. Seja você um iniciante tentando construir uma base sólida ou um aprendiz avançado buscando refinar sua proficiência, este guia fornecerá insights valiosos para transformar obstáculos em oportunidades de aprendizado.
Interferência fonética: os desafios da pronúncia
A complexidade das vogais inglesas
Um dos primeiros obstáculos que falantes de português enfrentam ao aprender inglês está relacionado ao sistema vocálico significativamente mais complexo da língua inglesa. Enquanto o português possui cerca de 12 sons vocálicos, o inglês apresenta aproximadamente 20 vogais e ditongos distintos, incluindo sons que simplesmente não existem em português.
Esta diferença fundamental cria um terreno fértil para dificuldades persistentes de pronúncia que podem afetar a inteligibilidade da fala.
A distinção entre vogais como /ɪ/ em “ship” e /i:/ em “sheep” representa um desafio particular, pois falantes de português tendem a pronunciar ambas como se fossem a mesma vogal. Similarmente, a diferenciação entre /æ/ em “bad” e /ɛ/ em “bed” frequentemente passa despercebida, resultando em confusões que podem alterar completamente o significado pretendido.
Os ditongos ingleses também representam uma área de dificuldade, com muitos aprendizes simplificando sons como /eɪ/ em “face” ou /əʊ/ em “go” para vogais simples mais próximas do sistema fonético português.

Para superar estas dificuldades, é fundamental desenvolver consciência fonológica através de exercícios focados de discriminação auditiva, bem como prática regular com feedback corretivo. O uso de pares mínimos (palavras que diferem em apenas um som, como “ship/sheep”) em exercícios de repetição pode ajudar a treinar o ouvido e os músculos articulatórios para produzir e reconhecer essas distinções críticas que não existem na língua materna.
Consoantes problemáticas e padrões de entonação
As consoantes inglesas também apresentam desafios específicos. O som /θ/ (como em “think” ou “theater”) e /ð/ (como em “the” ou “father”) simplesmente não existem em português, levando muitos falantes a substituí-los por /t/, /f/, /s/ ou /d/, /z/ respectivamente.
O /h/ aspirado no início de palavras como “house” ou “hello” é frequentemente omitido ou pronunciado de forma insuficiente, enquanto o /r/ retroflexo americano ou o /r/ não pronunciado britânico são substituídos pelo /r/ vibrante ou tepe do português.
Além dos fonemas individuais, os padrões prosódicos do inglês – ritmo, acento e entonação – diferem significativamente do português. O inglês é uma língua de ritmo acentual, onde as sílabas tônicas ocorrem em intervalos regulares, com as sílabas átonas sendo comprimidas entre elas. O português, por outro lado, tende a dar duração mais similar a todas as sílabas.
Esta diferença fundamental faz com que falantes de português frequentemente soem “silabados” ao falar inglês, prejudicando a fluência e a naturalidade da comunicação.
Para trabalhar esses aspectos, a imersão auditiva constante, combinada com técnicas de shadowing (repetir simultaneamente com um falante nativo) e atenção consciente aos padrões rítmicos, pode produzir melhorias significativas.
Exercícios específicos de prosódia, como marcar os acentos tônicos em frases e praticá-las em voz alta, também são ferramentas valiosas para desenvolver uma pronúncia mais autêntica.
Armadilhas gramaticais: estruturas que confundem
Tempos verbais e suas complexidades
O sistema de tempos verbais do inglês, embora aparentemente mais simples em termos de conjugação, apresenta nuances conceptuais que frequentemente confundem os falantes de português. A distinção entre o presente simples e o presente contínuo, por exemplo, segue regras diferentes nas duas línguas.
Enquanto em português podemos dizer “Eu estudo inglês” ou “Eu estou estudando inglês” quase intercambiavelmente em muitos contextos, em inglês a escolha entre “I study English” e “I am studying English” implica diferenças significativas de habitualidade versus atividade temporária.
Os tempos perfeitos (present perfect, past perfect) também representam um desafio considerável, já que não têm equivalentes diretos em português. A tendência é traduzir “I have lived here for ten years” como “Eu vivo aqui há dez anos”, perdendo a nuance de conexão com o presente que o present perfect carrega.
Similarmente, o uso do futuro com “will” versus “going to” frequentemente é simplificado por aprendizes brasileiros e portugueses, que tendem a usar as formas intercambiavelmente sem atenção às diferenças de intenção, planejamento ou previsão que elas carregam.
Para dominar esses aspectos, é fundamental desenvolver uma compreensão conceitual das diferenças temporais e aspectuais, em vez de buscar traduções diretas. Exercícios contextualizados que exigem escolhas conscientes entre diferentes tempos verbais, baseados em situações específicas, podem ajudar a internalizar essas distinções de maneira mais eficaz do que memorizações de regras isoladas.
Preposições e artigos: pequenas palavras, grandes problemas
As preposições representam um dos aspectos mais desafiadores no aprendizado do inglês para falantes de português. Expressões como “on the weekend” versus “at the weekend” (com variações entre inglês americano e britânico), ou a distinção entre “in”, “on” e “at” para localização espacial seguem lógicas que diferem significativamente do português.
Frases como “I’m interested in music” (estou interessado em música) ou “It depends on the situation” (depende da situação) exemplificam como as preposições raramente podem ser traduzidas diretamente.
Os artigos também apresentam padrões de uso distintos. O inglês não utiliza artigos com substantivos abstratos em generalizações (como “Happiness is important”) ou com nomes de idiomas (“Portuguese is my native language”), ao contrário do português. Por outro lado, o inglês exige artigo definido em contextos onde o português não o usaria, como em “The life is beautiful” (que deveria ser simplesmente “Life is beautiful”).
A chave para dominar preposições e artigos está mais na exposição extensiva e atenção consciente do que na memorização de regras. Ler amplamente, observando padrões de uso, e manter um registro pessoal de expressões problemáticas pode gradualmente desenvolver um senso mais intuitivo desses elementos gramaticais tão resistentes à sistematização.
Os traiçoeiros falsos cognatos
Quando a semelhança engana
Os falsos cognatos, também conhecidos como “falsos amigos”, são palavras que parecem semelhantes nas duas línguas mas possuem significados diferentes. Esse fenômeno é particularmente frequente entre português e inglês devido à influência comum do latim em ambos os idiomas. Porém, essas semelhanças aparentes podem ser extremamente enganosas e levar a mal-entendidos significativos na comunicação.
Exemplos clássicos incluem “actually” (que significa “na verdade”, não “atualmente”), “attend” (que significa “comparecer/frequentar”, não “atender”), “pretend” (que significa “fingir”, não “pretender”), “push” (que significa “empurrar”, não “puxar”), e “exit” (que significa “saída”, não “êxito”). Outros casos notórios incluem “library” (biblioteca, não livraria), “parents” (pais, não parentes), e “costume” (fantasia/traje, não costume).
Essas diferenças semânticas podem resultar em situações embaraçosas ou confusas, como quando um brasileiro diz que está “embarrassed” (envergonhado) quando na verdade está “pregnant” (grávida), ou quando menciona que está “preserving” (conservando) quando quer dizer “preventing” (prevenindo) algo. A consciência destes falsos cognatos mais comuns e o estudo sistemático de suas diferenças é essencial para evitar esses equívocos comunicativos.
Expressões idiomáticas e colocações
Além dos falsos cognatos individuais, as expressões idiomáticas e colocações (palavras que frequentemente aparecem juntas) representam outro campo minado para os falantes de português. A tendência natural é traduzir expressões idiomáticas literalmente, resultando em construções que, embora gramaticalmente corretas, soam estranhas ou incompreensíveis para falantes nativos.
Por exemplo, um brasileiro pode dizer “break the branch” quando quer expressar desistência, traduzindo literalmente “quebrar o galho”, quando a expressão equivalente em inglês seria algo como “do a favor” ou “help someone out”. Similarmente, “pull your ear” não faz sentido como tradução de “puxar a orelha” (repreender), e “give a blind eye” não funciona como tradução de “dar uma olhada”.

As colocações também seguem padrões diferentes nas duas línguas. Em português dizemos “tomar uma decisão”, mas em inglês é “make a decision”. Em português “fazemos uma pergunta”, mas em inglês “ask a question”. Estes padrões raramente seguem lógicas previsíveis e precisam ser aprendidos através da exposição repetida e atenção consciente às combinações naturais da língua inglesa.
Comparação dos sistemas gramaticais
A tabela abaixo apresenta uma comparação sistemática de alguns aspectos gramaticais que diferem significativamente entre o português e o inglês, gerando confusões recorrentes:
Aspecto Gramatical | Português | Inglês | Erro Comum |
---|---|---|---|
Negação | Usa apenas “não” (Eu não gosto) | Requer auxiliar (I don’t like) | “I not like” |
Posição do adjetivo | Geralmente após o substantivo (casa bonita) | Geralmente antes do substantivo (beautiful house) | “house beautiful” |
Sujeito | Frequentemente omitido (Gosto de chocolate) | Obrigatório (I like chocolate) | “Like chocolate” |
Gênero | Substantivos têm gênero gramatical (a mesa, o livro) | Sem gênero gramatical (exceto pronomes) | “the table, she is…” |
Possessivos | Concordam em gênero/número (minha casa) | Não variam por gênero (my house) | Confusion with “his/her” |
Futuro | Várias formas (irei, vou ir, iria) | Distinção clara entre will/going to/would | Misuse of future forms |
Perguntas | Indicadas por entonação (Você gosta?) | Requer inversão ou auxiliar (Do you like?) | “You like?” |
Adverbial | Flexível na posição (Sempre vou lá/Vou sempre lá) | Posição mais rigorosa (I always go there) | Misplacement of “always” |
Estratégias eficazes para superar erros sistemáticos
Técnicas baseadas em consciência linguística
Uma abordagem eficaz para superar erros fossilizados começa pelo desenvolvimento da consciência metalinguística – a capacidade de refletir sobre a própria linguagem e suas estruturas. Isso implica em não apenas aprender regras gramaticais isoladamente, mas compreender os princípios subjacentes que diferenciam o inglês do português e os contextos em que essas diferenças se manifestam.
Uma técnica específica envolve a análise contrastiva consciente, identificando sistematicamente as áreas de divergência entre sua língua materna e o inglês. Manter um “diário de erros” pessoal, onde você registra seus erros recorrentes, suas correções e as regras subjacentes, pode transformar cada erro em uma oportunidade de aprendizado. Estudos mostram que esse tipo de reflexão consciente pode reduzir significativamente a recorrência de erros em produções futuras.
A técnica de “noticing” (percepção consciente) também se mostra poderosa: durante atividades de leitura ou escuta, dedique atenção especial a construções que você tipicamente erraria, observando como falantes nativos as utilizam em contextos autênticos. Esta consciência elevada cria conexões neurais mais fortes que eventualmente se manifestarão em sua própria produção linguística.
Abordagens práticas para estudo independente
O desenvolvimento da fluência e precisão requer prática deliberada focada especificamente nas áreas problemáticas. Para erros de pronúncia, ferramentas de reconhecimento de fala podem fornecer feedback imediato sobre quais sons não estão sendo articulados corretamente. Aplicativos como Elsa Speak ou sistemas de reconhecimento de voz como Google Assistant podem ser utilizados de forma criativa para testar se sua pronúncia está sendo compreendida com precisão.
Para questões gramaticais como preposições ou tempos verbais, exercícios de preenchimento de lacunas personalizados, focados especificamente nos padrões que você frequentemente erra, oferecem prática direcionada. Plataformas como Quizlet permitem criar conjuntos de flashcards para estudar falsos cognatos e expressões idiomáticas, com revisão espaçada para retenção de longo prazo.
Uma técnica particularmente eficaz é a prática de “reformulação”: grave-se falando livremente por alguns minutos, transcreva o que disse, e então reescreva o texto corrigindo todos os erros que conseguir identificar. Em seguida, peça a um falante nativo ou professor que revise sua correção. Este ciclo de produção-análise-correção cria consciência profunda sobre padrões de erro persistentes e fortalece os caminhos neurais para a produção correta.
O papel da imersão e exposição contínua
Desenvolvendo intuição linguística
A exposição massiva e consistente ao inglês em contextos autênticos é fundamental para desenvolver intuição linguística – aquela sensação de que algo “soa certo” ou “soa errado” mesmo sem conseguir explicar a regra. Esta intuição é especialmente valiosa para aspectos como preposições, colocações e expressões idiomáticas, que seguem padrões difíceis de sistematizar em regras explícitas.
Consumir conteúdo em inglês diariamente – podcasts, séries, vídeos, livros – com atenção ao uso natural da língua gradualmente recalibra seu “radar interno” para reconhecer e eventualmente reproduzir padrões autênticos de uso. A quantidade de exposição é crucial: estudos sugerem que são necessárias múltiplas exposições (geralmente entre 7 e 16) a uma mesma estrutura ou expressão para que ela seja incorporada ao vocabulário ativo.
Uma abordagem eficaz é a leitura extensiva de textos ligeiramente acima do seu nível atual (compreensíveis com esforço), combinada com a técnica de “narrow reading” – ler múltiplos textos sobre o mesmo assunto, o que naturalmente recicla vocabulário e estruturas relevantes, criando as repetições necessárias para aquisição. Da mesma forma, assistir a diferentes episódios da mesma série ou vídeos do mesmo criador de conteúdo proporciona exposição repetida a padrões linguísticos similares.
Interação significativa e feedback corretivo
Embora a exposição passiva seja valiosa, a interação ativa com falantes proficientes – seja em intercâmbios linguísticos online, aulas particulares, ou comunidades de prática – acelera significativamente o progresso. A comunicação significativa em contextos reais cria pressão cognitiva para produzir estruturas precisas em tempo real, fortalecendo as conexões neurais necessárias para automatização.
O feedback corretivo contextualizado, especialmente na forma de “reformulações” (onde o interlocutor repete o que você disse de forma correta, sem explicitamente apontar o erro), permite que você note discrepâncias entre sua produção e a forma alvo sem interromper o fluxo comunicativo. Ferramentas como HelloTalk, Tandem ou iTalki facilitam encontrar parceiros de conversa ou tutores que podem fornecer este tipo de feedback valioso.
Para maximizar o benefício dessas interações, é útil informar seus interlocutores sobre erros específicos que você está tentando superar, solicitando atenção especial a esses aspectos. A gravação dessas sessões de prática para revisão posterior também amplia significativamente seu valor pedagógico, permitindo identificar padrões de erro que podem passar despercebidos durante a conversa.
Conclusão
Dominar o inglês como falante de português requer mais do que memorização de vocabulário e regras gramaticais – exige uma compreensão profunda das diferenças sistemáticas entre as duas línguas e estratégias específicas para superar a interferência da língua materna. Os erros analisados neste artigo – desde desafios de pronúncia até armadilhas gramaticais e falsos cognatos – não são meras falhas, mas passos naturais e previsíveis no caminho para a proficiência.
A consciência desses padrões de erro oferece uma vantagem significativa, permitindo direcionar esforços de aprendizado para as áreas que realmente necessitam de atenção. Combinando análise contrastiva, prática deliberada, exposição massiva e interação significativa, é possível não apenas evitar erros comuns, mas desenvolver uma intuição linguística que aproxima sua produção àquela de falantes proficientes.
O processo de aprendizado de uma língua é uma jornada contínua, e mesmo aprendizes avançados continuarão encontrando desafios. No entanto, ao transformar cada erro em uma oportunidade de aprendizado consciente, cada obstáculo se torna um degrau para alcançar novos níveis de precisão e fluência. O objetivo não é a perfeição inatingível, mas a comunicação eficaz e confiante, permitindo expressar-se plenamente e conectar-se autenticamente através da língua inglesa.
FAQ: Dúvidas comuns sobre erros de portugueses aprendendo inglês
1. É possível eliminar completamente o sotaque português ao falar inglês?
Embora seja possível reduzir significativamente um sotaque, eliminá-lo completamente após a puberdade é extremamente raro e não necessariamente um objetivo realista ou desejável para a maioria dos aprendizes. O foco deve estar na inteligibilidade (ser facilmente compreendido) e não na perfeição fonética. Trabalhar especificamente nos aspectos do sotaque que podem causar mal-entendidos é mais produtivo do que tentar soar exatamente como um nativo. Vale lembrar que muitos falantes proficientes de inglês como segunda língua mantêm traços de sotaque que se tornam parte de sua identidade linguística única, sem comprometer sua eficácia comunicativa.
2. Quanto tempo leva para superar erros fossilizados que persistem mesmo após anos de estudo?
A “desfossilização” de erros persistentes varia significativamente dependendo de fatores como a natureza do erro, o tempo que ele esteve presente, frequência de uso da língua e técnicas de estudo. Tipicamente, erros profundamente enraizados podem requerer de 3 a 6 meses de trabalho consistente e focado para mostrar melhorias significativas. O processo geralmente segue um padrão não-linear: inicialmente, o erro pode até aumentar em frequência enquanto você desenvolve consciência dele, seguido por um período de autocorreção consciente (que pode parecer desconfortável ou não-natural), e eventualmente progredindo para produção correta mais automática. Paciência e consistência são essenciais neste processo.
3. Quais são os recursos mais eficazes para praticar a pronúncia específica dos sons problemáticos para falantes de português?
Para desenvolvimento fonético específico, recomenda-se uma combinação de recursos:
- Aplicativos especializados como Elsa Speak ou Speechling, que oferecem feedback detalhado sobre pronúncia;
- Vídeos do YouTube focados em aspectos fonéticos problemáticos (canais como “Sounds American” ou “BBC Learning English” oferecem tutoriais específicos);
- Exercícios de pares mínimos (minimal pairs) que contrastam sons problemáticos;
- Sessões com professores especializados em fonética, que podem oferecer feedback personalizado e técnicas articulatórias;
- Ferramentas de visualização fonética como Praat, que permitem comparar visualmente sua pronúncia com modelos nativos. A chave está em combinar compreensão consciente da mecânica articulatória com prática extensiva e feedback corretivo regular.
4. Como lidar com a confusão persistente entre preposições em inglês?
As preposições representam um dos aspectos mais resistentes à sistematização no aprendizado do inglês. Em vez de memorizar regras isoladas, abordagens mais eficazes incluem:
- Aprender “chunks” linguísticos completos (ex: “depend on”, “interested in”) em vez de preposições isoladas;
- Criar um caderno pessoal de expressões preposicionais organizadas tematicamente;
- Praticar com exercícios de preenchimento contextualizados, focados em contextos de uso real;
- Utilizar técnicas de visualização, criando imagens mentais que representem relações espaciais ou conceituais associadas a preposições específicas;
- Desenvolver consciência das diferenças sistemáticas entre preposições em português e inglês através de análise contrastiva. Lembre-se que mesmo falantes nativos ocasionalmente têm dúvidas sobre preposições em contextos menos comuns, então perfeição não é um objetivo realista.
5. Os erros comuns variam entre brasileiros e portugueses, ou são basicamente os mesmos?
Embora brasileiros e portugueses compartilhem muitos dos mesmos desafios ao aprender inglês devido às semelhanças estruturais entre as variantes do português, existem algumas diferenças notáveis:
- Falantes de português europeu frequentemente têm menos dificuldade com certas vogais inglesas devido ao seu sistema vocálico mais rico;
- Brasileiros tendem a adicionar vogais após consoantes finais (ex: “big” pronunciado como “bigy”) com mais frequência;
- A entonação e ritmo do português brasileiro, sendo mais silábico, pode criar padrões de interferência prosódica distintos;
- Certas expressões idiomáticas ou falsos cognatos podem ser mais problemáticos para um grupo do que para outro, dependendo de expressões regionais específicas;
- Diferenças lexicais entre português brasileiro e europeu (ex: “comboio/trem”) podem levar a erros de tradução distintos. No entanto, as estratégias fundamentais para superação desses erros permanecem amplamente aplicáveis a ambos os grupos de falantes.
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